sexta-feira, 29 de abril de 2011

"Quem é o Meu Próximo?"














Os judeus e samaritanos não se entendiam desde os tempos de Oséias, o último rei de Israel.
(João 4)
Jesus estava de passagem. Ele parou para descansar junto a um antigo poço próximo à cidade samaritana de Sicar. Uma mulher veio tirar água do poço. A conversa que se seguiu desafiou ela e uma cidade cheia de pecadores a mudarem suas vidas e seu destino eterno. Abra sua Bíblia no evangelho de João, capítulo 4, onde temos o privilégio de aprender com uma mulher que foi buscar água, e encontrou a fonte da vida eterna.Descansando junto ao poço de Jacó.

O meu próximo é todo aquele com quem eu devo usar de misericórdia. Não estou negando que todo mundo deve ser próximo um do outro, que devemos ser próximos de todos; muito pelo contrário. Contudo, a passagem bíblica sobre a qual estamos discorrendo não trata do próximo no conceito amplo do termo. Jesus está sendo específico ao tratar deste assunto e não podemos perder de vista esse aspecto. É por isso que afirmamos que o seu próximo, o meu próximo, são todos aqueles com quem você e eu devemos usar de misericórdia. Note a resposta imediata de Jesus: "Vai e procede tu de igual modo". Em outras palavras, "seja compassivo e misericordioso com o samaritano. Ele é amado por Deus tanto quanto você. Não espere que ele venha até você, mas vá até ele, e proceda com ele conforme procedeu com o homem ferido. Ame-o como se fosse você mesmo"


Fico impressionado como Jesus quebrava os paradigmas de seu tempo. Fossem esses religiosos, sociais ou culturais. Lembremos das coisas que Ele fazia no dia de sábado, e a revolta que provocava nos religiosos de seu tempo. Como recebia os publicanos, meretrizes, pecadores e marginalizados em geral, e como Ele era criticado pela sociedade e igreja da época. Valorizou as mulheres andando com elas e salvando suas vidas. Evangelizou uma samaritana; depois muitos samaritanos. De modo que, fazer de um samaritano o personagem principal de uma história, o mocinho do filme, era para o judeu um tapa na cara. Creio que se Jesus viesse ao mundo hoje, Ele deixaria muitos pastores e líderes eclesiásticos de cabelo em pé também. Fossem eles conservadores, carismáticos, tradicionais ou neopentecostais. Em algumas igrejas Ele não serviria como pastor. "Sabe como é, aquela ordem litúrgica dEle. A igreja tem reclamado muito.

O intérprete da lei era um religioso cheio de preconceitos e rancores. Ouvir que um sacerdote e um levita não socorreram um homem espancado por salteadores, e quem praticou a boa ação foi um samaritano, era revoltante. A revolta não estava no fato do sacerdote e o levita não ajudarem, e sim, porque um samaritano, que deveria passar de largo como os outros dois, foi quem ajudou o pobre moribundo. É impressionante como nós nos acostumamos com a miséria do mundo, a ponto de tudo parecer tão normal. Afinal de contas, violência, morte, seqüestros, etc., acontecem todos os dias, não é mesmo? Estamos acostumados. Como já nos acostumamos passar de largo quando vemos o pobre do nosso próximo morrer de inanição e maus tratos. O tapa na cara da igreja evangélica é quando espíritas, católicos e outras entidades fazem o que nós deveríamos fazer. Ai de nós se a salvação fosse pelas obras! Mas a fé sem obras é morta, não é mesmo? É possível justificar nossa salvação sem que seja evidenciada pelas boas obras? Acredito que não.

Atos 10:31 Cornélio, Deus ouviu as suas orações e lembrou do que você tem feito para ajudar os pobres.

Não foi fácil para o intérprete da lei ouvir que sua religiosidade não servia para nada. A religiosidade não muda o coração. O moralismo não transforma o caráter e as atitudes. Só o amor constrói. E se eu não entender que o meu amor a Deus, sobre todas as coisas, só passa a ser uma confissão verdadeira quando eu a reflito no meu amor ao próximo, como amo a mim mesmo, então eu ainda não sei o que é amar de verdade. Quer seja no amor a Deus; quer seja no amor ao próximo.

Fonte: Rev. Josivaldo de França Pereira pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil em Santo André-SP. Bacharel em Teologia e Mestre em Missiologia pela Faculdade Teológica Sul Americana de Londrina-PR e Doutorando em Ministério pelo Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper/Mackenzie - SP. É secretário de missões do Presbitério Santo André (PRSA), autor do livro Atos do Espírito Santo

quarta-feira, 6 de abril de 2011

sábado, 2 de abril de 2011

Receber a benção pronta ou receber a oportunidade para criar a benção nós mesmos.

Trecho do filme A VOLTA DO TODO PODEROSO onde o ator Morgan Freeman fala sobre receber a benção pronta ou receber a oportunidade para criar a benção nós mesmos.