terça-feira, 11 de dezembro de 2012

DÍZIMO é DINHEIRO? Professor Fabio Sabino

É claro que a não obrigação do dízimo não quer dizer que não devamos contribuir, pois é aquilo, quem usufrui deve ajudar a manter. Se entregamos nossa vida à Deus e isso inclui a área financeira, devemos sim investir no Reino onde, creio eu, é mais importante abençoar pessoas do que financiar instituições. No último dia descrito em Mt 24 Jesus dirá: "Quando fizestes (ou não) a um destes pequeninos, a mim o fizestes (ou não)", logo vemos a importância de ajudar aos pobres e necessitados ("tive fome e me destes de comer"). Jesus aqui não fala nada de igreja (instituição). Nossa ajuda deve ser sim para pagar as contas e até investir em um melhor conforto para nós mesmos (creio que este não deve ser visto como "dar para Deus" pois possui retorno direto, pagamos algo que usamos; ofertar para comprar bancos mais confortáveis é como presentear a si mesmo). Mas acho muito mais importante dar um prato de comida pra um mendigo na rua e ajudar instituições sérias que recuperam drogados e moradores de rua do que dar 10% do salário pra igreja e jogar a nossa responsabilidade para cima do pastor. Mas claro, a igreja precisa honrar com as contas a serem pagas, que dependem das ofertas, e trabalhos sociais exercidos pela denominação tbm devem ser respeitados, incentivados e financiados. Tem gente que defende o dízimo pois se o mesmo não for cobrado a igreja irá falir, mas se isso acontecer o mal da história é o pecado da avareza que vai ficar escondido mas não vai ser tratado caso se obrigue alguém a dizimar. Só mais um ponto que queria falar, a gente deve lembrar que na igreja primitiva quem tinha repartia com quem não tinha (esse era o propósito das doações/ofertas). Os apóstolos cuidavam de distribuir alimentos para as viúvas (at6) e, vamos ser bem sinceros, as igrejas de hoje ao invés disso costumam é fazer as viúvas passarem fome obrigando-as a dizimar do que não tem para "não irem pro inferno". Texto da bíblia devemos observar o contexto. Jesus ao fazer a citação do Dizimo colocou está se dirigindo a grupos específicos que são os escribas e faríseus que ostentavam uma figura de santidade e "cumpriam" a lei somente para estarem em evidência. Escribas e fariseus eram judeus e portanto estavam debaixo da Lei e está mesma legislação diz que quem está sob ela tem que dar o dízimo, por isso Jesus não os censurou qt ao fato de darem o dízimo, mas censurou-os pelo fato de serem dizimistas e esquecerem de preceitos mais importantes da Lei, tais como: "Amarás ao teu próximo como a ti mesmo" por exemplo. É importante ressaltar novamente, que Jesus veio para cumprir a Lei na sua íntegra, sendo Ele o único capaz de realizar tal feito. A dispensação da Graça começou após a sua ressurreição e a Igreja começou necessariamente após o derramamento do Espírito Santo em Atós dos apóstolos capítulo 2. Ao analisarmos após a ressurreição de Cristo e a fundação da Igreja não vemos mais referências ao dízimo, mas sim a contribuições voluntárias, com alegria, espontâneas. Para não falarmos que não há nenhuma citação à respeito do dízimo no ensino dos apóstolos, lembramos ainda que assim a uma citação em Hebreus, narrando a entrega de dízimo por Abrão a Melquisedeque, mas ao lermos este trecho devemos fazer conexão com o acontecimento em si em Gênesis 14: 18-21. Note que ainda não existe Lei sobre o dízimo, nem tão pouco Melquisedeque pede a Abrão o dízimo de tudo, não obstante a isso Abrão o entrega de forma espontânea, sem pressões ou imposições por parte de Leis.